Porque o Poker é tão popular no cinema e na ficção? | Filmes Portugueses

Porque o Poker é tão popular no cinema e na ficção?

Talvez já tenha reparado: há cada vez mais filmes que utilizam do jogo de cartas como recurso de enredo. Mas porque isso acontece? Duvido muito que já tenha parado para pensar sobre o assunto.

O poker, actualmente, é o jogo de cartas mais jogado do mundo. Estima-se que haja pelo menos 500 milhões de pessoas no mundo que joguem ou que já tenham tido algum contacto com a modalidade em algum momento da vida. Surgido no Século XIX nos Estados Unidos, o desporto ficou por décadas jogado de lado – principalmente porque era considerado algo do submundo, jogado por pistoleiros do Velho oeste americano. Essa imagem, de jogo “duro”, “masculinizado”, mudou muito nos últimos anos. Vários são os motivos para que tal imagem tenha mudado.

Um primeiro motivo com toda certeza é a Internet desde o final da década de 1990. Há diversos sites nos quais você pode praticar de graça este desporto. O site Poker Stars, por exemplo, reporta que há num dado momento do dia, 50 mil pessoas jogando online. A segunda delas é a inserção do Poker na televisão – principalmente na ESPN americana, que inclusive tem uma secção de seu site só para o Poker – por meio de seus campeonatos disputados em Las Vegas. O terceiro – e talvez principal, haja vista que é o que atinge a massa da população (ou ao menos sua esmagadora maioria em relação aos outros dois) é o Cinema.

Casino Royale

Há diversas produções que focam neste desporto como eixo motor de seus roteiros e enredos. A onda de tais produções de Hollywood começou com o clássico A Vida é um Jogo (em inglês, Ronders; leia mais aqui), com Matt Damon e Edward Norton. Mais recentemente, podem ser citados longas como Casino Royale – baseado no primeiro livro de Ian Fleming sobre o agente secreto 007 – e que tem como pano de fundo um campeonato de poker entre o protagonista e o vilão da história. Neste mesmo ano, o futuro Batman, Ben Affleck, estrelou Jogo de Risco (em inglês, Runner, Runner). E, no cinema português, já mencionamos aqui no site o curta Ás de Espadas, de Bruno Rosa.

Jogo de Risco

Mas o que todas essas películas tem em comum? O que faz do poker um tema tão interessante para a ficção? A resposta é simples. Seu suspense. O poker é um jogo fincado na mentira – queira ou não. Quem mente melhor, quem faz o adversário acreditar que você tem outras cartas que não as que ele pensa que você tem, vence a partida e leva o dinheiro para casa. Com efeito, isso acaba sendo um óptimo recurso de enredo porque o poker acaba revelando mais sobre o personagem do que várias cenas com diálogos poderiam. Em Casino Royale, por exemplo, chega-se facilmente à conclusão que James Bond é um bom actor e sabe mentir bem pelo fato dele não revelar suas mãos com facilidade. Mais: uma análise mais densa tem como conclusão que o agente secreto tem sangue frio – virtude esta que é essencial em sua profissão.

De uma forma ou de outra o poker acaba sendo um bom pano de fundo para enredos porque faz parte de nossas vidas e porque é um jogo mental. O que o futebol é para os desportos físicos, o poker acaba sendo para os desportos mentais – e isso é bastante atractivo para revelar personagens como eles realmente são.

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